Uma Touriga Nacional especial, do Norte da Bairrada

Touriga Nacional na Quinta d'Aguieira

No Norte da Bairrada, onde fica a Quinta d’Aguieira, correm as brisas atlânticas por suaves colinas. Estamos perto de Valongo do Vouga, e aqui as neblinas matinais do tempo de inverno elevam-se a um nível que muitos poderiam não acreditar. É um microclima especial na região, que nos revela estar perante um terroir único.

O potencial desta propriedade para produzir vinhos de excelência é reconhecido desde há muito. Desde o Visconde de Aguieira até ao Conde de Águeda, as nobres linhagens que passaram por estas terras fizeram um importante trabalho de valorizar a componente agrícola e o potencial dos vinhos que aqui se produziam – e que pelo país fora há muitas décadas eram já reconhecidos pela sua qualidade.

Neste artigo de blog, convidamo-lo a descobrir a expressão singular da Touriga Nacional na Quinta d’Aguieira.

A expressão singular da Touriga Nacional na Quinta d’Aguieira

Desde 1997 que o trabalho de contemplação e valorização deste terroir está a cargo da Aveleda. Ao trabalhar mais dedicadamente nesta Quinta, e aprofundando as suas características, António Guedes percebeu que a conjugação de um clima de humidade variável com a diversidade dos solos aqui existente nos fazia estar perante, não apenas um, mas vários microterroirs. E que estas condições poderiam não ser favoráveis à maturação de algumas castas, como por exemplo a Baga, mas são extraordinárias para a expressão de outras, como a Touriga Nacional.

Esta casta nobre, que expressa muito do que é mais conhecido no terroir português, prospera nas vinhas da Quinta d’Aguieira. Embora mais associada à região do Douro e do Dão, aqui revela uma expressão diferente, equilibrando vigor e elegância com uma personalidade distinta. Mas não é só a frescura, a humidade e o mosaico de solos que proporcionam esta expressão, como também a diversidade de clones de Touriga Nacional que aqui encontramos.

Neste microclima, onde a frescura do Atlântico tempera os verões quentes, esta casta de cachos pequenos e bagos escuros demonstra uma complexidade singular. E esta complexidade amplia-se com a diversidade de solos e com aquilo a que podemos chamar um verdadeiro field blend de Touriga Nacional.

Porquê um field blend se falamos apenas de uma casta?

Porque nas vinhas aqui plantadas, com mais de 40 anos, encontramos uma diversidade de clones, que foram trazidos de lugares tão distintos como a Estação Vitivinícola de Nelas, a região do Dão e a região do Douro. E todos eles se misturam na mesma vinha, complementando-se de forma harmoniosa. As vinhas mais jovens, com cerca de 20 anos, trazem mais vigor e concentração tânica, revitalizando blend final.

É por esta razão que os vinhos Arco d’Aguieira e Quinta d’Aguieira Tinto são expressivos, complexos, com extraordinário potencial de envelhecimento. No Arco d’Aguieira Tinto, encontramos um perfil em que a Touriga Nacional se mostra mais aberta, elegante, com nuances de frutos silvestres e especiarias. No Quinta d’Aguieira Tinto, a mesma casta brilha com uma intensidade e complexidade marcantes, em que a concentração de fruta e taninos desarma o paladar e dá lugar a notas intensas florais e de fruta, envolvidas pelo estágio em madeira.

A Touriga Nacional na Quinta d’Aguieira mostra uma personalidade única, que vale a pena conhecer. Cada garrafa de vinho que a transporta, conta uma história de paciência, de respeito pela Natureza e de um compromisso inabalável com a qualidade. São verdadeiras testemunhas da virtude de saber esperar, e da valorização da diversidade de cada vinha e de cada ecossistema da Quinta d’Aguieira.

Na Quinta d’Aguieira, cada garrafa é uma verdadeira homenagem à natureza, à complexidade do terroir e à elegância que só o tempo sabe revelar. Descubra mais sobre a nossa gama de vinhos aqui.

Compartilhar